Cooperativa de Terra Nova do Norte participa do programa Mais Leite Saudável
O sistema concede benefícios no recolhimento do PIS/Cofins a projetos desenvolvidos por pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que compram leite in natura e realizam o processamento do produto para venda.
Publicado em 06 de Outubro de 2016 às 11:12
Cooperativa de Terra Nova do Norte participa do programa ‘Mais Leite Saudável’O sistema concede benefícios no recolhimento do PIS/Cofins a projetosdesenvolvidos por pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que compram leitein natura e realizam o processamento do produto para venda.Cuiabá (MT), 22 de setembro de 2016 – Três cooperativas de leite de MatoGrosso apresentaram projetos junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento (Mapa), para participar do Programa Mais Leite Saudável. Osistema concede benefícios no recolhimento do PIS/Cofins a projetosdesenvolvidos por pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que compram leitein natura e realizam o processamento do produto para venda. Por meio dessalei, as empresas têm direito a recuperar 50% da contribuição de 9,25% doPIS/Cofins, desde que destinem o equivalente a 5% desses recursos àiniciativas que promovam a melhoria da qualidade e da produtividade dosprodutores.“Até o momento foi aprovado e publicado no Diário Oficial da União o projetoapresentando pela cooperativa de Leite COOPERANOVA, localizada em TerraNova do Norte. As cooperativas COOPNOROESTE, do município de Araputangae a CAMPILEITE, da cidade de Campinápolis, ainda aguardam parecer”, disse oAnalista de Desenvolvimento do Sistema OCB-MT, Mauro Machado Vieira, queacompanha as ações das cooperativas de leite, registradas na Organização dasCooperativas Brasileiras de Mato Grosso.O presidente da Cooperativa Agropecuária Mista Terra Nova – COOPERNOVA,Daniel Robson Silva, explicou que foi aprovado o Projeto Piloto deMelhoramento Genético da Bacia Leiteira da COOPERNOVA, e que “isso vairepresentar recurso adicional à cooperativa na ordem de R$ 1,5 a R$ 2 milhõespor ano”. Ressalta que serão aplicados não apenas os 5% previstos na Lei,“mas de 10% a 15% em três pilares: melhoramento genético do rebanho doscooperados, assistência técnica e melhoria na qualidade do leite”.Daniel Silva mencionou que a COOPERNOVA participa do Programa Leite aPasto, desenvolvido em parceria com o Sistema OCB/MT, onde sãodesenvolvidas ações para melhoramento da alimentação, manejo e qualidadedo leite. “Porém, é necessário o investimento na melhoria genética do rebanhopara aumentar os níveis de produtividade, maximizar a produção de leite naspropriedades com melhor aproveitamento da mão de obra familiar, que temsido um dos principais gargalos do desenvolvimento da atividade da região. OPrograma Mais Leite Saudável para cobrir essa lacuna”, salientou.A COOPERNOVA conta com 2.500 associados, destes, 1.531 são produtoresdesenvolvendo a atividade leiteira, em 12 municípios da região Norte do MatoGrosso. Com aproximadamente 100 mil cabeças de vacas leiteiras, sendo queapenas 35 a 40 mil delas em produção. “Uma propriedade para ser viável temque ter pelo menos 60% do rebanho produzindo e nossa realidade é de 40%.Hoje recebemos 140 mil litros/dia de nossos associados, o ideal seria arecepção de 200 mil litros/dia”, conclui o presidente da cooperativa.O Programa Leite Saudável tem por objetivo estimular o setor lácteo a apoiarações de assistência técnica rural. A meta do Mapa é investir R$ 387 milhões,até 2019, para promover a ascensão social de 80 mil produtores e melhorar acompetitividade dos produtores brasileiros.Cada laticínio elabora o projeto de assistência técnica rural mais adequado àsua realidade e estabelece metas e indicadores de monitoramento para atingiros objetivos, conforme os benefícios fiscais que dispõem por meio dos créditospresumidos (PIS/Cofins).